Marcha do CVLTO DO FVTVRV

MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo.

São Paulo, maio de 2016

 

Performance:

Máscaras, fardas, medalhas, cartões de identificação, estandartes, hinos, hinários, instrumentos musicais.

PARTE 1

A Marcha ao Cvlto do Fvtvrv faz parte do desdobramento da série Cvlto do Fvtvrv e conta com a participação de ginastas, acrobatas e artistas convidados.

 

O percurso da “procissão” teve inicio no MAC USP – Museu de Arte Contemporanea da Universidade de São Paulo, passou pela escadaria da Bienal e foi finalizado no MAM –  Museu de Arte Moderna de São Paulo.

 

Inspirada em manifestações de eventos politicos, como cerimonias de posse, comícios e  nomeações, os quais muitas vezes flertam com o universo das cheerleaders, exaltando a beleza e a força coletiva jovem para representar noção de união e patriotismo, a Marcha ao CVLTO do FVTVRV contou, num primeiro momento, com uma série de apresentações de pirâmides humanas, jograis e gritos de guerra.

 

PARTE 2

Na sequência, o grupo ocupou o auditório Lina Bo Bardi para a Cerimônia dos 6 Mantos, cuja ação ritualistica girou em torno da adulação de maneira extenuante de um integrante  ordinario com mascaras, faixas, mantos e véus  a ponto de transformá-lo numa figura  iconíca em destaque.

 

A performance tem como principal intenção discutir, como através de uma construção simbólica e da própria ordem ritualistica, cunha-se a importância de valores nos espectadores, de um modo subjetivo e implícito que não necessariamente é filtrado pelo aspecto racional da mente.

 

Assim como em outros trabalhos, o artista se utiliza da estrutura de algumas manifestações básicas ritualistas tradicionais como suporte, a fim de promover um espaço de reflexão e crítica, criando um paradoxo, ja que o conteúdo iconoclasta apresentado é conflitante com a narrativa conservadora do ritual.