REMOTIS VISUM

(2019) Parafina, pigmento e pavio

 

Sobre Remotis Visum 

 

O uso de plantas, fungos, extratos vegetais e animais, com propriedades psicoativas, como o Ayahuasca – Jagube e Chacrona, o Psilocybe Cubensis, o Peyote e a Morning Glory está profundamente arraigados às práticas espirituais, medicinais e ritos de passagem de povos nativos que tiveram sua população cultura marginalizada, dando lugar à lei, cultura e tradição do conquistador.

 

Por outro lado, aquilo que é inserido em um livro pode ser institucionalizado ou imortalizado, seja em um manual de direito, um livro de leis, regras e condutas, um dicionário ou um livro sagrado; as publicações têm a propriedade de alçar seu conteúdo ao mainstream, de legalizar ou inserir um novo paradigma na sociedade. O livro como objeto pode representar a lei (dos homens ou de deus), a legalidade, o que é aceito ou que tem o apoio institucional.

 

A inserção de imagens de plantas, fungos e cactus ritualísticos e psicoativos pode ser vista como uma proposta de reparação histórica simbólica, ou ainda reclamação de lugar de honra, destaque e poder não só dessas plantas e substâncias, mas de tudo o que elas representam.

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